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domingo, 4 de novembro de 2012

Insight

Não sei, e talvez nunca tenha não sabido tanto quanto agora.
Já faz algum tempo, entre altos e baixos, que hoje me pergunto se realmente existiram.
Já faz algum tempo que decidi que seria mais fácil lidar com as coisas me dividindo em duas, porque dessa forma, toda a minha culpa também seria dividida entre essas duas.
Que desaprendi a andar sozinha, sempre dependendo emocionalmente de alguém.
Que não sei de muita coisa.
Que tudo ta meio bagunçado,
Que eu tento, mas parece que não o suficiente.
Que meu máximo é pouco
Que o meu mínimo é muito.
Que prolonguei isso.
Mas talvez agora seja a hora de definir as coisas, de saber das coisas, e talvez tenha sido tão difícil por estar no lugar errado, na hora errada, e eu nem ao menos escolhi isso, talvez tenha sido uma das poucas merdas que eu não escolhi.
Mas ta na hora de saltar!

domingo, 21 de outubro de 2012

Alô?

Não sei bem onde começa, sabia há algum tempo onde isso terminava, mas agora parece que se existe um fim, é o fim.
Não sei bem o que é meu, ou melhor o que foi meu, talvez nada tenha sido, e hoje insisto em dizer que perdi o que na verdade nunca tive.
Não sei bem qual é a causa da dor, mas sei que dói e doer deveria ser motivo suficiente, ainda que sem a causa.
Não sei porque o doer assim como o querer, ou até mesmo o não querer, não são motivos suficientes, sempre tem que ter um por que? Por que?
Não sei bem como foi, nem como será, mas que seja como tem que ser.
Que venha o silêncio das estrelas.

" E assim, repetindo os mesmos erros, dói em mim, ver que toda essa procura não tem fim.
E que é que eu procuro afinal? O que não pode ser dito, afinal?
Ser um homem em busca de mais, de mais...
Afinal, como estrelas que brilham em paz, em paz..."


terça-feira, 16 de outubro de 2012

Eu tava só, sozinho

Solidão...
Vem repentina, arrebata, maltrata, desorganiza, busca um algo, um alguém que preencha, que complete, que alinhe.
E...
Se vê só, mesmo em meio a muitos outros que devem se sentir sós também, mas se acostumaram, como outrora ela também tinha se acostumado, a se considerar amados, a se considerar grupos, ou melhor amigos.
As vezes o que resta pra solidão é um banheiro e alguns cartões.

"Mais solitário que um paulistano, que um canastrão na hora que cai o pano"

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Aborto

E então eu percebi, assim, de relance, que eu passei a acreditar que quem eu verdadeiramente sou é um alguém desprezível, um alguém recriminatório, um alguém decepcionante e que eu simplesmente não poderia admitir esse alguém na minha vida, ainda que esse alguém fosse essa mesma vida.
E assim durante cada amanhecer, tentei abortar-me desse ser, e gerou dor, gerou angustia, pra mim e pra outra de mim.
Gerou cicatrizes, cicatrizes tão fortes que mascararam a dor, não tinha mais dor apenas casquinhas, arranhões e hematomas.
E agora parece ser coisa demais pra remexer nessas feridas que aparentemente estão fechadas, vai doer outra vez e para essa Alyne "razoável", enfrentar a dor não é e nunca foi algo a ser considerado.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

It's taste past

E quando você menos espera, o desespero sufoca, as amizades parecem todas frageis, falsas, rasas.
A vida te bicuda das formas mais baixas possíveis.
Você se decepciona com a pessoa mais presente na sua vida.
Dois filmes, em dois dias, tornando a vida em dois, mas te garantem que na verdade essas pessoas sempre estiveram, estão e estarão contigo, não importa muito a merda que sua vida é, ou as péssimas escolhas que você faz, elas sempre estarão contigo, talvez só elas.
São filmes, baladas, e conversas em carros que te fazem ver que ainda que tudo seja insuportávelmente nude, eles colorem minha vida!
Sim eu escrevo em 3 e em 1 pessoa ao mesmo tempo, e para qualquer um isso pode ser insuportavel, mas eu sei que pra eles não.
Sabe quando tudo parece ser uma tarde de inverno, fria, chuvosa mas em plena primavera?
Vocês são minha primavera!

sábado, 15 de setembro de 2012

É estranho entender, quem dirá explicar uma sensação física e proveniente de um estado emocional.
Nó, um monte deles, bem aqui na garganta,
Nó na garganta daquela que tem medo de dar nós na vida,
Respirar, nunca pareceu tão difícil
Olhar pra si e sentir um mix de coisas,
Talvez você seja mesmo asquerosa, não sei se eu gostaria de você caso a conhecesse,
Onde foi que isso virou essa corda com tantos nós?!
Eu não lembro, talvez não queira, talvez não deva,
Talvez eu seja só mais um marinheiro, que é bom de fazer nós mas não tão bom em desfaze-los
Bem vindo novamente desconforto, você esteve muito ausente.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

The End!

Essa sensação de incapacidade, de mãos atadas, não pode ser pior do que nada nesse mundo.
Demorei pra constatar, ou melhor, aceitar, que o fim sempre esteve aqui.
Passar pelos cômodos dessa casa, impregnados de lembranças, fotográficas ou mnêmicas, mas presentes.
Como esquecer, o que construímos juntos? O quanto planejamos, estudamos e arquitetamos um futuro.
Futuro esse que em momento algum previa esse momento, o término.
Sinto falta do início, as vezes até do meio, mas sinto pena do fim.
Me acostumei com a presença, ainda que seja apenas das memórias, não as te-la mais dói.

"Eu não quero ver você cuspindo ódio. Eu não quero ver você fumando ópio, prá sarar a dor.
Eu não quero ver você chorar veneno. Não quero beber o teu café pequeno.
Eu não quero isso, seja lá o que isso for..." Ópio- Zeca Baleiro

terça-feira, 10 de julho de 2012

Primaveril

Garotas... Quando penso nelas imagino, meninas "dóceis" apesar dessa docilidade na maioria das vezes ser forçada, meninas românticas, carentes e choronas, e essa coisa de ser garota sempre me encheu o saco.
Mas talvez eu seja mesmo uma garota, principalmente na parte de ser chorona, ai meu Deus que saco isso!
Os fantasmas aparecem e o choro vem com eles, eu preciso me ter outra vez, sabe? Eu gosto muito de ser livre, de ter meu pensamento e meu coração livre, eu achei mesmo que tudo estivesse assim, e por incrível que pareça, dessa vez o culpado não é o coração, mas esse tal de pensamento...
Quando foi que eu comecei a me importar pelo o que você diz? Eu gostei daqueles dias de outono, nem tão quentes, nem tão frios, pois a meia estação é ideal para garotas, já que agora eu sou uma delas.
Preciso de uma pausa nessa coisa de pensar, as vezes cansa!
Vem primavera, por favor! Traga sua leveza, sua doçura e um novo amor, dessa vez um pouco mais colorido!

domingo, 24 de junho de 2012

Puxava o ar para si de maneira incontrolável, parecia que todo o ar do mundo passava pelas suas narinas mas não atingia o objetivo, ela se perdia, não sei bem onde, nem muito menos o porque, mas tudo parecia insuficiente.
E em meio aos tremores, o desespero e a escuridão, ela lutava pela sobrevivência, porque na verdade o que ele tem feito é sobreviver, viver ficou pra trás há algum tempo.
Nessa luta pela preciosidade da vida, ela via seus sonhos, eles passavam em uma velocidade acelerada, e desconexa.
Quis ser uma princesa, quis, ter uma filha chamada Cecília, sonhou com o seu casamento de véu grinalda e buquê de flores vermelhas, quis ser um psicóloga em missão, mas agora a missão parecia se findar.
A garganta detinha toda a sua atenção, nada passava por ela, talvez seja pelos muitos nós engolidos nos últimos meses.
Olhava pra cima e nada via, apenas alguns mínimos retângulos de luz no teto do seu quarto.
Ah esse quarto, quantas coisas vividas nele, coisas boas, coisas ruins, o santo e o profano, a amizade e a falsidade, o riso e o choro... choro, por falar nele o choro vinha e o ar não, mas ela era guerreira, tentaria encher seus pulmões até o fim, afinal era isso que esperavam dela, não dá pra ir contra o bom exemplo agora no final, não é mesmo?

Quem sabe assim na sua lápide não estivesse escrito "Boa filha, boa amiga e uma lutadora até o fim"?

"Que diferença faz ficar sentado e não olhar pra trás, esquecer o passado olhar o futuro e não se magoar?
Agora é verdade deixo de ser novidade, as mãos estão machucadas e o sangue a escorrer (que nem palha de cana que corta o agricultor) " Lei da Sobrevivência O Rappa



sábado, 16 de junho de 2012

Perde e Ganha

Tudo pode ser tão simples né?! Já tinha esquecido como isso era possível, afinal já faz algum tempo que eu optei pelo mais difícil, pelo mais canalha, pelo mais viciante...
Escolhas...
Não sei quantas escolhas já fiz na minha vida, mas sei muito bem quais foram as escolhas que me deram essa vida, essa vida de agora, que mesmo em meio a tanta simplicidade e calmaria, ou melhor, tanta docilidade, no fundo sempre fica um amargor na garganta.
Gratidão por essa nova vida, por essa nova pessoa e pelas novas pessoas que fazem disso tudo tão doce.
E o que dizer do amargor? Talvez ele seja característico da falta, falta de vocês...
Ando um pouco, como dizer, pisando em ovos [?] no que diz respeito a vocês, eu não sei mais como lidar, como falar, afinal, tudo parece tão não meu, sabe?
Não sei muito bem em qual das minhas escolhas os perdi, mas saibam, que ainda que tudo pareça absurdamente distante, frio, e não nosso, eu sempre os levarei comigo, por onde quer que eu vá, e isso eu garanto.

"Que corajosos somos nós, que apesar de um medo tão justificado, amamos outra vez e todas as vezes que o amor nos chama, fingindo um pouco de resistência mas sabendo que para sempre é impossível recusá-lo" [Martha Medeiros]

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Motor 2.0

A senhorinha disse: "Isso mesmo menina! 20 anos tem que comemorar, afinal não se faz 20 anos todos os dias"
Não se faz 20 anos todos os dias? Hein? Eu ouvi isso no de 19, no de 18, no de 17 e por aí vai, pq né? Não se faz nenhuma idade todos os dias! Mas deixemos de ser engraçadinhas!
Tenho pensado sobre isso há alguns dias, na verdade, baseando-me nos anos anteriores eu estava era temerosa de que a crise característica dos exames de consciência pré aniversário me afetassem outra vez.
Mas aqui estou com vinte anos, depois de dois dias de festa, com os amigos dos mais variados grupos, dos mais variados jeitos e das mais variadas cores, vi gente que vejo todo os dias, vi gente que via todos os dias, mas todos eles eu penso todos os dias, afinal meus vinte anos não seriam nada sem eles, sem meus amigos, minha família, meus pais e meus avós, nesse aniversário pensei que eu já tenho 20 anos e eles já tem 70 e poucos deu um medinho de perder meus 3 tesouros, então dedico meu primeiro pedaço a eles, afinal eles são cruciais na formação dessa Alyne versão 2.0
Me sinto adulta, mas não do jeito que temi ser durante esses anos que aqui escrevo, me sinto adulta no jeito bom de ser adulta, sabendo lidar com as coisas, olhando pra trás e ainda sentindo uma certa dorzinha numas feridas ainda não muito cicatrizadas, mas sim, elas cicatrizarão, outras virão e os aniversário, sem assim Deus quiser, virão por muitos e muitos anos.


"Vou te contar, Os olhos já não podem ver Coisas que só o coração pode entender. Fundamental é mesmo o amor, É impossível ser feliz sozinho..."

domingo, 29 de abril de 2012

Colo de mãe

Sim, é sempre ele, o coração... 
Ele me faz temer o que há de mais lindo... e põe temor nisso hein...
Esses dias, esse sinhozinho invocado, chamado coração, tem me dado tantos sustos, tantos medos
É preciso permitir que os novos ares adentrem essa casa, deixar a luz entrar, e amar.
Ah esse amor, o esperei por todos os dias da minha vida e agora, de um dia pro outro, surge esse medo de não sei o que, de não sei nem quem e muito menos de onde vem
Mas sim, nada melhor que um colinho dela
Mesmo que esse tal coração não esteja pronto pra ti, pode vir amor, 
pode vir que minha mãe não vai deixar ninguém me machucar


"Oh, minh'alma, Retorna à tua paz,
Como criança bem tranquila, no regaço acolhedor de sua Mãe"

segunda-feira, 16 de abril de 2012

O Despertar

Dessa vez não foi preciso despertador, não foi preciso um solo de guitarra para acordá-la.
A vida veio, e pra quem criticava a agressividade do solo para acordar, ela me despertou de forma ainda mais intensa, foi num pulo!
Acordei, sem dar tempo ao menos de ficar aqueles 5 minutinhos, lidando com a novidade diária de mais um novo dia, dessa vez o sol não a esperava lá fora, ele invadiu todas as frestas, e chegou aos seus olhos sem pedir licença, contraiu-se a retina e o coração.
Viu que o que devia ser feito era tomar um bom banho gelado, prender os cabelos num coque e sair, sem saber pra onde, sem saber porque, mas sair, só isso, mais nada...
Precisou de quase 20 anos pra entender que por trás de todo solo de guitarra, de todo o abrir de cortina, de toda a revisão das tarefas para o dia que se iniciava, ela precisava, nada mais que, sair!

"Hoje eu quero sair só"

quinta-feira, 22 de março de 2012

O hóspede

"Você viu dona Maria? Logo ela, que sempre criticou essas mulheres que o deixavam entrar em casa, deixou ele entrar e já faz um tempinho que ta lá, viu? Não sai mais!"
É, quando ela viu, ele já tinha entrado, já mudava os móveis de lugar, abria as cortinas, jogava a velharia fora, e deixava tudo tão mais leve, mais doce como acostumara a dizer.
Logo ela, que sempre evitou, criticou e evitou (sim, mais uma vez) esse tipo de inconveniente, foi lá e abriu as portas, como se o esperasse a anos, talvez ela realmente o esperasse, talvez não, enfim... não faz diferença!
O fato é que ele foi entrando, ficou na sala, depois pediu um copo d'água e quando viu, já dividia a cama e as confissões com ele.
As vezes o achava um tanto quanto "entrão", como diria sua avó, mas fazer o que né, ele conquistou seu espaço.
As vizinhas a perguntaram esses dias, quanto tempo mais ele ficaria lá, na casa dela, ela disse apenas que há muito a ser feito, as paredes ainda precisam de pintura, o jardim precisa ser restaurado, e sozinha ela não pode fazer nada disso!
Fique o tempo que quiser, e se um dia for embora, não demore muito pra voltar não! Sempre terá café quentinho aqui pra você!