Essa sensação de incapacidade, de mãos atadas, não pode ser pior do que nada nesse mundo.
Demorei pra constatar, ou melhor, aceitar, que o fim sempre esteve aqui.
Passar pelos cômodos dessa casa, impregnados de lembranças, fotográficas ou mnêmicas, mas presentes.
Como esquecer, o que construímos juntos? O quanto planejamos, estudamos e arquitetamos um futuro.
Futuro esse que em momento algum previa esse momento, o término.
Sinto falta do início, as vezes até do meio, mas sinto pena do fim.
Me acostumei com a presença, ainda que seja apenas das memórias, não as te-la mais dói.
"Eu não quero ver você cuspindo ódio. Eu não quero ver você fumando ópio, prá sarar a dor.
Eu não quero ver você chorar veneno. Não quero beber o teu café pequeno.
Eu não quero isso, seja lá o que isso for..." Ópio- Zeca Baleiro
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