E então eu percebi, assim, de relance, que eu passei a acreditar que quem eu verdadeiramente sou é um alguém desprezível, um alguém recriminatório, um alguém decepcionante e que eu simplesmente não poderia admitir esse alguém na minha vida, ainda que esse alguém fosse essa mesma vida.
E assim durante cada amanhecer, tentei abortar-me desse ser, e gerou dor, gerou angustia, pra mim e pra outra de mim.
Gerou cicatrizes, cicatrizes tão fortes que mascararam a dor, não tinha mais dor apenas casquinhas, arranhões e hematomas.
E agora parece ser coisa demais pra remexer nessas feridas que aparentemente estão fechadas, vai doer outra vez e para essa Alyne "razoável", enfrentar a dor não é e nunca foi algo a ser considerado.
Compreendo-te!
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