Ser Psicóloga

Ser Psicóloga... Eu escolhi isso, e não me arrependo, fiz muito pra chegar onde estou, confesso que não estou onde eu realmente queria estar, mas é da Psicologia que estamos falando, é da mesma psicologia que eu me apaixonei, sei que pra ser psicóloga paixão não é tudo, ser conselheira também não, saber ouvir, saber falar, saber ajudar, também não!

Se pensarmos nessas coisas separadamente não chegamos a lugar nenhum, mas juntas... Juntas elas tem um nome, Psicologia.

Meu medo hoje é, eu sei da responsabilidade que eu assumi quando assinei minha matricula dia 23 de Fevereiro, dali em diante eu me comprometi a cuidar das pessoas, cuidar do que as pessoas tem de melhor, ou pior, concordei que pra ser psicóloga o julgamento não fará mais parte da minha vida, que a vida dos outros independente de quem seja, tem importância pra mim...Sei de tudo isso, mas uma coisa não me sai da cabeça, como serei a "solucionadora" dos problemas alheios, sendo que nem os meus eu consigo solucionar...

Eu não sei se essas coisas existem, mas cara, quando eu vejo que precisam de mim, algo me impulsiona, todos os meus problemas são postos pra depois, e eu me foco em ajudar quem precisa de mim, faço o que for preciso para faze-los felizes, e eu me sinto bem com isso, talvez seja essa a tal da vocação que muitos dizem.

Só peço luz, muita luz, para me guiar nos caminhos obscuros das almas das pessoas, e conseguir iluminar as vidas de muitasdelas.
Peço luz pra ser psicóloga!
Peço luz pra me focar nisso!
Peço luz pra conseguir entender se isso é realmente pra mim!

Alyne, uma futura possível Psicóloga

Ser psicólogo é uma imensa responsabilidade.

Não apenas isso é também uma notável dádiva.
Desenvolvemos o dom de usar a palavra, o olhar, expressões, e até mesmo o silêncio.
A capacidade de tirar lá de dentro o melhor que temos para cuidar, fortalecer, compreender, aliviar.

Ser psicólogo é um ofício tremendamente sério.
Mas não apenas isso é também um grande privilégio.
Pois não há maior que o de tocar no que há de mais precioso e sagrado em um ser humano: seu segredo, seu medo, suas alegrias, prazeres e inquietações.
Somos psicólogos e trememos diante da constatação de que temos instrumentos capazes de favorecer o bem ou o mal, a construção ou a destruição.
Mas ao lado disso desfrutamos de uma inefável bênção que é poder dar a alguém o toque, a chave que pode abrir portas para a realização de seus mais caros e íntimos sonhos.

Quero, como psicólogo aprender a ouvir sem julgar, ver sem me escandalizar, e sempre acreditar no bem.
Mesmo na contra-esperança, esperar.
E quando falar, ter consciência do peso da minha palavra, do conselho, da minha sinalização.
Que as lágrimas que diante de mim rolarem,pensamentos, declarações e esperanças testemunhadas,sejam segredos que me acompanhem até o fim.

E que eu possa ao final ser agradecido pelo privilégio de ter vivido para ajudar as pessoas a serem mais felizes.
O privilégio de tantas vezes ter sido único na vida de alguém que não tinha com quem contar para dividir sua solidão, sua angústia, seus desejos.
Alguém que sonhava ser mais feliz, e pôde comigo descobrir que isso só começa quando a gente consegue realmente se conhecer e se aceitar.

Walmir Monteiro