Puxava o ar para si de maneira incontrolável, parecia que todo o ar do mundo passava pelas suas narinas mas não atingia o objetivo, ela se perdia, não sei bem onde, nem muito menos o porque, mas tudo parecia insuficiente.
E em meio aos tremores, o desespero e a escuridão, ela lutava pela sobrevivência, porque na verdade o que ele tem feito é sobreviver, viver ficou pra trás há algum tempo.
Nessa luta pela preciosidade da vida, ela via seus sonhos, eles passavam em uma velocidade acelerada, e desconexa.
Quis ser uma princesa, quis, ter uma filha chamada Cecília, sonhou com o seu casamento de véu grinalda e buquê de flores vermelhas, quis ser um psicóloga em missão, mas agora a missão parecia se findar.
A garganta detinha toda a sua atenção, nada passava por ela, talvez seja pelos muitos nós engolidos nos últimos meses.
Olhava pra cima e nada via, apenas alguns mínimos retângulos de luz no teto do seu quarto.
Ah esse quarto, quantas coisas vividas nele, coisas boas, coisas ruins, o santo e o profano, a amizade e a falsidade, o riso e o choro... choro, por falar nele o choro vinha e o ar não, mas ela era guerreira, tentaria encher seus pulmões até o fim, afinal era isso que esperavam dela, não dá pra ir contra o bom exemplo agora no final, não é mesmo?
Quem sabe assim na sua lápide não estivesse escrito "Boa filha, boa amiga e uma lutadora até o fim"?
"Que diferença faz ficar sentado e não olhar pra trás, esquecer o passado olhar o futuro e não se magoar?
Agora é verdade deixo de ser novidade, as mãos estão machucadas e o sangue a escorrer (que nem palha de cana que corta o agricultor) " Lei da Sobrevivência O Rappa
domingo, 24 de junho de 2012
sábado, 16 de junho de 2012
Perde e Ganha
Tudo pode ser tão simples né?! Já tinha esquecido como isso era possível, afinal já faz algum tempo que eu optei pelo mais difícil, pelo mais canalha, pelo mais viciante...
Escolhas...
Não sei quantas escolhas já fiz na minha vida, mas sei muito bem quais foram as escolhas que me deram essa vida, essa vida de agora, que mesmo em meio a tanta simplicidade e calmaria, ou melhor, tanta docilidade, no fundo sempre fica um amargor na garganta.
Gratidão por essa nova vida, por essa nova pessoa e pelas novas pessoas que fazem disso tudo tão doce.
E o que dizer do amargor? Talvez ele seja característico da falta, falta de vocês...
Ando um pouco, como dizer, pisando em ovos [?] no que diz respeito a vocês, eu não sei mais como lidar, como falar, afinal, tudo parece tão não meu, sabe?
Não sei muito bem em qual das minhas escolhas os perdi, mas saibam, que ainda que tudo pareça absurdamente distante, frio, e não nosso, eu sempre os levarei comigo, por onde quer que eu vá, e isso eu garanto.
"Que corajosos somos nós, que apesar de um medo tão justificado, amamos outra vez e todas as vezes que o amor nos chama, fingindo um pouco de resistência mas sabendo que para sempre é impossível recusá-lo" [Martha Medeiros]
Escolhas...
Não sei quantas escolhas já fiz na minha vida, mas sei muito bem quais foram as escolhas que me deram essa vida, essa vida de agora, que mesmo em meio a tanta simplicidade e calmaria, ou melhor, tanta docilidade, no fundo sempre fica um amargor na garganta.
Gratidão por essa nova vida, por essa nova pessoa e pelas novas pessoas que fazem disso tudo tão doce.
E o que dizer do amargor? Talvez ele seja característico da falta, falta de vocês...
Ando um pouco, como dizer, pisando em ovos [?] no que diz respeito a vocês, eu não sei mais como lidar, como falar, afinal, tudo parece tão não meu, sabe?
Não sei muito bem em qual das minhas escolhas os perdi, mas saibam, que ainda que tudo pareça absurdamente distante, frio, e não nosso, eu sempre os levarei comigo, por onde quer que eu vá, e isso eu garanto.
"Que corajosos somos nós, que apesar de um medo tão justificado, amamos outra vez e todas as vezes que o amor nos chama, fingindo um pouco de resistência mas sabendo que para sempre é impossível recusá-lo" [Martha Medeiros]
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