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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Catarsiemos, por favor!

Talvez seja agora o momento de por o dedo nas feridas,
que todos nós temos mas preferimos deixar escondidas.

Nossas represas foram sofrendo modificações
E nós apenas controlamos nossas emoções

Chegou a hora de nos preparamos
Para quando a vazão aumentar
Não nos afogarmos.

E quando a agua vazar
E catarse começar
Que sejamos capazes de nadar.

Mas se depois que a agua baixar
Nossas repressões posam reduzir
E nossas vidas continuar.

Por favor, eu quero uma dose de catarse com gelo e açúcar, ok?!

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Sol & Lua

Eu só queria que tudo o que passa aqui dentro, pudesse ser transcrito!
Que tudo que ecoa no meu peito, pudesse ecoar pelos 4 cantos do mundo!
Que tudo que assombra a minha cabeça, não passasse de um filme de terror, e que no final eu , ainda de olhos fechados e com os joelhos unidos, perguntaria se "Já acabou?"
Que os caminhos não fossem duplos, e que as escolhas fossem fáceis.
Que você se preocupasse comigo, e que por 5 minutos, notasse que eu não sou mais a sua menininha que usava 3 trancinhas e você cortava as unhas todos os domingos na hora do fantástico.
Que eu voltasse a me importar com vocês.
Que eu voltasse a ser protagonista da minha vida.
Que essa noite acabasse em um lindo amanhecer
Sem que eu pudesse entristecer até voltar escurecer.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

...

- Digo sem dizer, sinto sem sentir, e amo sem amar! Ela disse sentada a mesa do bar, era dia de bar, como se acostumara dizer nesses últimos meses.

Falando em bar, ia muito lá, no mínimo umas 3 vezes por semana, a cevada que sempre lhe soara tão amarga, já fazia tão parte de sua rotina quanto as aulas que tomava na sala.

Na verdade a sua vida deu espaço para mais coisas além da amarga cevada, as bebedeiras se tornaram rotineiras, as conversas loucas e com muitas besteiras, mais ainda que o normal, sim, ela sempre foi dessas de dizer apesar de não fazer, mas tudo nesse novo lugar tem uma intensidade diferente.
As saídas se tornaram mais rotineiras.

Quanto aos rapazes? Ah, isso também,passou em um curto período, a garota que não gosta de ficar por ficar, para a garota que nem se lembra quem beijou e o que, ou melhor, como de fato as coisas ocorreram.

Hum quer saber daquele rapaz? Curioso o senhor, não acha não?

Ah ele ta la, no canto dele, as vezes aparece por aqui, bagunça as coisas e faz uma ponte entre o novo e o velho mundo.

Viu a chuva que deu ontem? Pois é, reparei que ao cair forte no asfalto quente, as gotas formam pequenos copinhos de cristais, esse chuva demorou tanto que vale mais que cristais de verdade. Veio mansa, foi se intensificando e lavou a alma de uma cidade suja, levou tudo para os bueiros onde já haviam amontoados de sujeira. Acho que as sujeiras continuam nos bueiros, e quando outra chuva vier, talvez demore, realmente espero que não, lavará a cidade, as ruas, as vias, coletoras, arteriais, e certamente se acumularão em novos bueiros, provavelmente bueiros centrais, e uma hora o acumulo será tão grande, que a enchente virá, e quem souber nadar se salvará.

Mas então, onde foi mesmo que parei? Ah sim, das mudanças. Já disse, que ela mudou bastante néah?! Sim, já disse essa parte. Esses dias, ela disse para uma amiga que em nove meses, sim ela adora analogias (é essa palavra que se usa?), nasceu uma nova pessoa, um novo fruto, de uma gestação conturbada e de risco, depois de alguns dias respirando por ajuda de aparelhos, tudo se volta ao normal, pena que bebês recém nascidos são tão frágeis néah?!

domingo, 19 de setembro de 2010

Dois pesos e duas medidas

Acho que nos referirmos as situações ou pessoas como pesos, é uma das coisas mais intrigantes. A faculdade é pesada demais, seus atos são pesados demais, não sei o que é pesado demais, não sei quem é um peso morto.
São tantas expressões, tantos pesos, tantas medidas.
Já me disseram que estava pesando demais, que estava difícil de segurar, eu já disse que estava pesado demais, que era peso morto.
Hoje, divido minha vida em dois aspectos, a que é pesada demais pra eu carregar, pois eu peso pra eles e eles pesam pra mim.
E tem também a que só eu peso pra eles, eles me seguram, me suportam, no sentido mais literal da palavra.
Mas certas coisas, certas lembranças, certas palavras pesam de tal forma, que eu não consigo suportar, não digo que cairei outra vez, mas digo que pequenas quedas me aliviam o peso.
Quando as coisas tomam caminhos e pesos diferentes, as medidas são diferentes, os níveis de suporte são diferentes.
Percebo que metade do peso que carrego preso aos meus passos, como os meus antepassados tinham presas a a suas canelas para que não pudessem fugir, são do passado, são de coisas do passado, amigos do passados, casos mal resolvidos.
Sinto falta da garota que gostava de todos os pingos nos I's, de brigar com você 5 dias em uma semana, mas que os pés estavam livres pra fugir pra onde queria.
Corria, corria sem saber pra onde, mas era livre, sem pesos, sem medidas, sem partidas.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Quem não tem colírio...

Sempre ouvi ditados que diziam tipo "pimenta nos olhos dos outros é refresco" ou "onde o calo aperta" e sempre me achei a pessoa capaz de supor reações em situações imaginarias.

Dizia ser contra isso, a favor daquilo, não aceitar isso, gostar daquilo, mas todas coisas que estavam longe, longe do meu contato, longe da minha perspectiva.

Sempre julguei atos de pessoas que passavam por situações que pra minha eram apenas fictícias e tomavam atitudes diferentes das que eu tomaria.

Mas quando a pimenta arde tanto o olho  a ponto de lacrimejar, tudo toma uma nova visão néah?! por mais suposições que tenham sido feitas, nunca é como realmente é.

Alguém me vê um óculos escuro?

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

A.M.

Eu sei são 2 da manhã, eu já deveria estar dormindo, mas minha mente esta trabalhando sem parar desde domingo, sua carga horária do mês foi preenchida em poucos dias.

Já pensei em tanta coisa, já lembrei de tanta coisa e já quis lembrar de tanta coisa, na verdade esse excesso de horas extras se deu devido a essas coisas que eu não consigo me lembrar.

Agora estou aqui, sem dormir, com sono, cansada e o corpo pedindo descanso, mas a minha mente é autoritária, tudo tem que ser como ela quer, e ela não quer dormir.

Sabe, o que eu sei é que agora, aqui, o que eu precisava pra dormir, sei que dormiria horas e horas, talvez até dias e dias, era de um abraço, um abraço de um alguém que me amasse, talvez nem amor fosse preciso, mas que sentisse um carinho por mim, sabe?
sim é carência!

Sim isso tudo não teve fim, e eu sei que só terá quando eu tiver isso, sei que é estranho achar que tudo gira em torno de uma coisa que não depende de mim, mas enfim, é o que eu preciso, diria mais, clamo.

"It's a quarter after one, I'm all alone and I need you now. Said I wouldn't call but I lost all control and I need you now and I don't know how I can do without, I just need you now"

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Farol

"Aprendi que de nada serve ser luz se não iluminar o caminho dos demais."
Não sei ao certo quem disse isso, mas me fez pensar.

Algumas pessoas nasceram pra ser luz, outras nasceram com luz própria, e outras nasceram pra receber luz.

Você nasceu pra ser luz, você ilumina o meu caminho, eu sempre achei isso, mas nunca tinha tido provas concretas,e  definitivamente preferia não ter tido, mas hoje eu sei, que é você que esta ali, iluminando a minha frente, para os meus passos não serem tortos, é você que ilumina o lado para que eu veja com quem estou caminhando, e você que ilumina minhas costas, como uma luz protetora, ou algo assim.

Você me da força, e mesmo quando me dá uns presta atenção, apesar de eu ultimamente não falar nada, só ouvir, você sabe bem o que diz, como você mesma diz "tem alma de velha" e isso é essencial pra mim agora, por que você me guia, sei que não é tão bom assim, e sei que várias vezes já tinha te prometido que as coisas tomariam outro rumo, e não tomaram, mas sei que nunca tinha visto em seus olhos o quanto você esta chateada com tudo isso, sei que nunca foi tão difícil te olhar nos olhos, por que neles eu via, que uma das pessoas mais importantes e essenciais da minha vida esta preocupada, desgastada e decepcionada comigo.

Eu sei que você me disse que a mudança tem que vir por mim, que eu tenho que parar de fazer as coisas pelos outros. E depois de tudo, tudo o que aconteceu nesses meses eu vi que eu preciso mudar meu final, e que se não der certo agora, eu não te terei lá, e cara, você é mesmo como se fosse a minha irmã, no sentido mais amplo da palavra, de as vezes não nos suportamos, mas que eu sei que eu faria tudo, iria onde fosse preciso por ti.
E por isso, eu queria te agradecer, já te disse Obrigado mil vezes, mas acho que nunca disse tudo isso néah?!

Para o meu Farol!

domingo, 5 de setembro de 2010

Aprendiz

Acho que depois de tudo,
Ja tenho o suficiente pra decidir oque farei.

Já passei por tudo que tinha que passar,
É só escolher o caminho que vou trilhar.
Já chorei todas as lágrimas que tinha pra chorar,
E é só enxuga-las e voltar a caminhar.

Já gostei de todos que tinha pra gostar,
Agora só resta me acostumar,
Já beijei todos que tinha que beijar
E só falta alguém pra amar.

Já ouvi todos os conselhos que tinha pra ouvir
Agora só depende de mim conseguir,

Já me chateei com tudo que fiz,
Agora é só pegar um novo pedaço de giz

Um novo pedaço de giz.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Músicas que falam por mim

Peguei minhas coisas fui embora

Não queria mais voltar

Eu nunca quis presenciar o fim

Há dias que os dias passam devagar

Tudo se foi nada restou pra mim

Por isso estou aqui agora

Vou embora sem pensar

No que ficou pra começar ali

Mas eu só tinha algumas horas pra voltar

Tudo se foi, nada restou pra mim

São coisas que somente o tempo irá curar

Se for para nunca mais te ver chorar

São coisas que somente o tempo irá curar

Se foi tudo vai passar


Tarde de Outubro - Cpm22

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

E quando o caos se instala

Em um dado momento da vida, ela se pegava no cachorro de pelúcia, que nem tem mais, e com um pote de sorvete com muitos pedaços de chocolate e chorava, chorava e chorava, e depois de tanto esmagar o pobre cachorrinho e de restar só metade do pote, se sentia bem, tomava um banho e ia ler seus livros de uma tal princesa.

Hoje não tem mais cachorrinho, não tem mais sorvete com pedaço de chocolate ou chocolate com pedaço de sorvete que resolva, não tem um livro da velha princesa que não tenha sido lido tantas vezes a ponto de saber as falas, e agora a princesa já teve seu feliz pra sempre, e ela? Ela não teve nem o feliz, muito menos o pra sempre.

Busca outras coisas agora, que dão um alivio bem maior que os livros e o sorvete, mas depois tudo se complica, tudo se atrapalha e o caos se instala.

Ela se dizia viciada em chocolate, mas esse vicio já não faz mais parte dela, se perdeu em algum momento e ela nem notou, enquanto isso eu assisto daqui o caos se instalando, a fumaça fechando as vias respiratórias e cabeça girando, girando, girando....

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Lembranças

Tudo lá tem uma recordação, cada um dos tijolinhos, que um dia, em meus 14 anos já tentei contar sentada na sacada vendo as árvores, os quiosques as pessoas, no meu primeiro dia de aula, e só tinha uma coisa na cabeça, uma única coisa, "Como vai ser minha vida daqui pra frente, nova escola, gente nova..."

Se soubesse da resposta teria aproveitado mais, ter gritado mais, ter dado mais risadas, chorado mais, olhar cada cantinho daquele amontoado de tijolinhos laranjas.

Hoje, depois de 9 meses, voltei, e vi que aquilo agora não faz mas parte de mim, na verdade faz, e sempre fará, eu é que não faço mais parte daquilo.

As pessoas, os professores, a escola, as lembranças, tudo tinha um gosto único, um cheiro que só tem la, um cheiro de saudade, de lembrança, de melancolia.

Lá passei os melhores anos da minha vida, conheci as melhores pessoas, e deixei de conhecer pessoas tão boas quanto os meus amigos.

La comecei a crescer, e sai de la achando que já era gente grande, madura o suficiente pra vida, para o mundo, e vi, hoje, depois de tanto tempo que não sou nada, que não cresci nada,e que tudo não passou de um sonho, que hoje eu vejo passou mais rápido que uma noite.

Os armários me lembram livros, que me lembram bilhetes, e dramas, romances, desenhos, "eu nunca", grandes amigos, viagens, saídas, adolescência.

Vi muitos veteranos, que não vêem a hora de se livrar de PTC, dos seminários da Marcia, das aulas do Giam, mas se pudesse, eu pararia o tempo ali, pra que eles pudessem dar valor ao que tem agora, e se eu tivesse o poder, os impediria do pós ensino médio, é cruel!

"Tem lugares que me lembram minha vida, por onde andei"