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quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Uma folha de papel

Um dia, quando menos percebi, me vi violada, me via abandonada, abandonada pelos meus ideias, abandonada pela minha força, abandonada por mim mesma.
Foi assim, em meio a gritos, dores, choro e sangue que a minha vida virou pó.
É estranho pensar que o que poderia "garantir a minha segurança" seja um pedaço de papel.
Não sei, não acho que isso seja realmente efetivo, não sei o que isso tudo pode gerar, não sei se eu aguento, mas venho aguentando dia-a-dia.
Amanhã é o dia, de ir lá e colocar tudo no papel, quem sabe isso seja o fim, quem sabe isso seja um novo começo, quem sabe isso seja mais que uma folha de papel

sábado, 9 de novembro de 2013

Aquelas palavras que poderiam ser minnhas

tanta coisa tinha pra te dizer
mas tua empáfia me calou
me inibiu me feriu me acuou
eu bicho feroz guardei as garras
abaixei o olhar diminuí o tom
sou moça vivida
conheço lugares outros ares
mas não conheço gente ruim
quando me alertaram
optei por pagar o preço
e só agora tarde percebi
que não tenho saldo suficiente
você me empobreceu a alma
guardo bem guardada a minha decepção
disfarço minha mágoa escrevendo
eu passionalmente tímida
sacanamente louca
poeta absorvendo tudo ao meu redor
fui titanic falso encanto
batendo de frente em você iceberg
expandiu minha inspiração
mas congelou meu coração

grazi

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

50 mil

É quase comum
É recorrente
É assustador
É estatística
Sou estatistica

domingo, 29 de setembro de 2013

E agora?

Estou TÃO cansada, to exausta, não consigo diferenciar meu cansaço físico do meu cansaço emocional.
Não sei, hoje passei ao lado de um terreno cheio de pedras, de tijolos e estruturas de ferro retorcidos, me lembro que sempre passava lá e olhava aquele prédio, um prédio histórico, ele deve ter sido tão importante para algumas pessoas, e ai sabe-se lá o porque, pelo bem de um provável empresário, que assim como você, se julga poderosos demais, que tem o direito de demolir algo que sabe-se lá quanto tempo demorou pra conseguir ficar em pé, que sabe-se lá quantas chuvas, ventanias e outras coisas suportou, o prédio veio a baixo..
Não adiantou colocar aquelas barreiras de proteção, as pedras foram mais longe do que deveriam, tinha pedras em todos os cantos.
A destruição desse prédio aconteceu, eu não notei quando foi, porque a verdade é que todo dia milhares de prédios são destruídos, milhares de vidas são destruídas, e a gente nem nota.
A gente se esquece do dia, a gente só vê as pedras no meio do caminho.
Hoje o que escorre não é sangue, hoje, mais uma vez as minhas lágrimas escorrem, sabe aquele prédio não existirá mais, mesmo que tentassem construir um similar, não tem como, você não tinha esse direito.
Como eu fico agora? E daqui pra frente?


segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Esquecer o Inesquecível

Tem vezes que a vida prega umas peças um tanto quanto intragáveis.
Não faz sentido, mas fez sentir.
Não sei, fecho os olhos e lembro do que esteve esquecido por semanas, eu não podia ter esquecido, eu não podia ter deixado assim.
Os olhares carregam o seu olhar, seu maldito olhar, tento não fechar meus olhos, não ficar sozinha, nem em silêncio, nem pensar, nem que me toquem, nem viver.
Que direito você tinha de tirar de mim a minha paz? o meu amor? o meu domínio?
Sinto nojo, ódio, culpa, medo, sinto tudo menos o amor que busquei por tanto tempo e o desfrutei por menos ainda.
Desejo que você sofra, que quando fechar os olhos sofra, que quando te olharem sofra, que quando falar sofra, que viver te faça sofrer tanto quanto tem sido sofrido pra mim.

domingo, 11 de agosto de 2013

O acaso e o amor

Eu precisava tanto ser eu, precisava tanto voar livremente, precisava saber, ou melhor, aceitar que eu sou de toda amor.
Que eu gosto desse meu jeito de amar, que eu gosto de sonhar que há de vir algo maior, algo melhor, algo real.
Eu sempre quis o acaso, sempre quis o calor e o frio do amor.
Coração, e eu que pensei que sempre fui de toda razão, mas só um coração com razão, uma razão com coração.
Eu quero mergulhar nesse amor, e sempre me lembrar dele quando os dias não brilharem tanto quanto seus olhos.
Que mil acasos nos cerquem, que nossas vidas sejam como sonhamos,e que elas se findem na casa da árvore.
Que possamos andar por caminhos desconhecidos, que possamos ser quem quiser que seremos, que as coisas continuem assim acontecendo, me surpreendendo, me enchendo de medo, mas me enchendo acima de tudo, de amor!
Que meu amor seja livre, que ele vague por onde hei de andar, que ele encontre outros amores, outro alguém em ti todos os dias, pois eu me encontro em mim a cada dia que encontro contigo.

sábado, 20 de julho de 2013

Se eu for eu

Respirar, é só o que eu preciso.
Estou bem, e numa fase em que o amor se faz presente, mais do que nunca.
Estou amando, mas também estou sendo mulher, sendo negra, sendo a bissexual, sendo, ou pelo menos tentando ser, aonde me deixam ser, eu mesma.
Mas a dor existe, o peso disso tudo também.
Eu gosto de meninas e meninos, e não isso não é uma fase.
Não, não vai passar quando achar um homem que me faça gozar e morrer de prazer.
Eu quero ter meu prazer com quem quer que seja,
Que uma mulher me faça gozar,
Ou talvez um homem e uma mulher me façam gozar ao mesmo tempo,
Ou que eu me faça gozar sozinha,
Ou que o dia em que a minha sexualidade não for importante para o resto do mundo, e não virar assunto de mesa de bar, que a sensação de liberdade, de ser dona de mim e do meu sexo, me façam gozar do prazer de ser eu, sem mais ninguém cagando essas regras estúpidas na minha vida!
É MINHA a vida, só minha, de mais ninguém.

"Prá rua! se manda!
Sai do meu sangue
Sanguessuga
Que só sabe sugar
Pirata! Malandra!
Me deixa gozar, me deixa gozar
Me deixa gozar, me deixa gozar..." Não Enche - Caetano Veloso

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Enfim...

Eu pedi tanto pelas paixões, eu pedi tanto pela leveza...

Eu pedi pelo conhecimento, pela aceitação, pelo esquecimento,

Eu pedi pelos sorrisos, pelos abraços, pelos votos de felicidade mesmo com corações ensanguentados,

As paixões, a leveza, o conhecimento, a aceitação, a superação, os sorrisos e o coração limpo...
Chegou, assim como se tivesse sido do nada...

Mas eu, e uma meia dúzia de pobres ouvintes, que mesmo antes de mim já sabiam, alimentamos o seu você no meu eu há tanto tempo.

Enfim, agora é de verdade, agora não engasgo mais pra dizer, ou pra pensar, e muito menos pra sentir.

E quem trouxe as paixões foi a paixão!

"E o rei me disse:
"A pressa esconde o que já é evidente.
Foi do meu lado que eu achei o que me fez assim
Tão diferente." "

segunda-feira, 13 de maio de 2013

As duas personas, o nariz de palhaço e eu

Agora, efetivamente eu posso dizer que sou duas.
A pernalonga é um alguém que a Alyne nunca mais será, ela tem leveza nas ações.
Um dia disseram que ela sorri não só com a boca, mas tem um sorriso bonito de ver, um sorriso no olhar.
Ela é linda, ela é leve, ela é o que há de mais puro.
A Alyne ela é alegre, mas não é a pernalonga,
Sem o nariz, o sorriso quando vem, é apenas na boca mesmo.
Ai que falta esses sorrisos, a paixão, a leveza, o mundo todo faz.
São duas personas, duas pessoas, numa alma dúbia, numa alma que precisa ser 2 ou um milhão, mas não consegue ficar sozinha, ser sozinha, existir sozinha.
Eu quero tudo e o tempo todo.
Eu quero a Alyne e a Pernalonga.
Eu quero ser e quero ter, quero amar e mais que isso quero voltar a ter paixão nas minhas ações.
Sentir o coração pulsar na ponta dos dedos a cada palavra que eu escrever.
O coração viver o júbilo de uma música linda, ou de um olhar correspondido.
Uma cama cheia na manhã seguinte.
Um copo cheio de vinho e um coração cheio de luz
Quero ter vida mesmo sem o nariz de palhaço.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Outono II

A vida é, não mais do que isso, feita de metades.
Eu gosto da meia-estação, de cara metade, de pizzas pela metade.
Mas as verdades? Essas, por gentileza, eu prefiro inteiras.
O outono é o meio, dizem que o meio é neutro, que não tem graça, que, nesse caso, é tão nude.
As folhas, assim como a noite caem mais rápido nessa fase.
Talvez não tivesse tido estação melhor para nascer, é no outono que o que é velho cai, as árvores se despem do passado, das folhas ou das más recordações?
São os pátios dos bosques que estão com tons de marrom, ou são os corredores do meu coração que acumulam essas memórias velhas, memórias mortas.
Enfim, sendo metade, ou sendo inteiro, o outono acontece, é silencioso, e mais do que isso,
É necessário!

"Cada passo que eu dou vejo ao meu redor folhas que vão ao chão"

sexta-feira, 3 de maio de 2013

2.1

Eu sei, todo ano é a mesma coisa...
Talvez seja esse o problema, é essa mesmice
Quando se é criança a gente espera que a vida mude de um aniversário pro outro, ok eu definitivamente não sou a mesma Alyne de 19 quase 20
A Alyne de 20 quase 21 viveu, bebeu, sorriu, chorou, e viveu mais uma vez, muuito
Mas é isso, é ritual, é sempre igual
A crise vem, e me abate.
Mas ela vai passar, ela sempre passa e voltará ainda mais charmosa com quase 22.

"I see that look in her face she's got that look in her eye
She's thinking how did I get here and wondering why?"

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Goiaba ou, se preferir vermelho tentação

Não é simplesmente pintar as paredes do quarto.
Muito menos é simples a mente.
Tudo tem tanta história, tantas lutas, tantos medos.
Era no quarto lilás que os amigos dormiram, que as fotos foram tiradas, que as lágrimas e o risos vieram tantas vezes.
Hoje ele é vermelho, talvez agora quando entrarem lá ele não será "tão diferente de você"
Ele é vermelho como o sangue, como o coração, como o medo é vermelho as vezes, como o futuro ficou vermelho, assim sem avisar.
Sem avisar...
Mais uma vez a mudança aconteceu! E ele se avermelhou da melhor forma possível.
Mudar o quarto é mudar, verdadeiramente o meu mundo, afinal é ali que o mundo se torna meu.
Ele se torna meu quando o uso pra rir, pra chorar, pra estudar, pra dançar sozinha, pra gemer de prazer ou da dor de uma cólica.
É um mundo novo
É um mundo vermelho, ou melhor é um mundo vermelho tentação!

sábado, 23 de março de 2013

(Des) Conhecido

Conheci.
Conheci como nunca ninguém o conheceu, me disse isso infinitas vezes.
Te fiz e me fiz pensar que poderíamos ser quem quiséssemos ser,
Eu fui, você me deu essa liberdade, lembra?!
Mas enfim, não podia ser tanto assim, não podia conhecer tanto assim, não podia querer tanto assim, nem questionar, evitar, chorar, não rezar tanto assim.
Mas hoje, conhecida sua e minha, me pergunto quando o conheci, quando desconheci, quando? Como foi, ou melhor, como não foi?
Por fim, passará!

Alguém me perguntou se eu conhecia você, um milhão de memórias passaram pela minha mente e eu sussurrei: - Não mais.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Abrupto

E assim, sem mais, veio a palavra que tanto temi... Fim

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Sem Escolta

E então, magicamente, as coisas começam a se acertar, mas é tudo tão inesperado e abrupto e intenso que chega a dar medo.
Não sei exatamente de onde vem esse medo, na verdade meio que sempre soube, mas é tudo uma questão de escolha, é ser racional.
Talvez o medo esteja na mudança, não é típico meu tomar decisões sem longos períodos de reflexão, eu sempre pequei por pensar demais, e os sentimentos que o "pensar demais" me proporcionavam não era nem 1% desse sentimento de hoje.
É bom sentir que tudo pode dar certo, não sei bem o que  é esse tudo, mas sei que ele dará certo.
Eu sei que tem uma carga muito grande sobre os nossos ombros, e que o passado não tem tanta importância para quem realmente importa, mas ele é o que mais pesa para carregar nas costas.
São pés cansados, caminhando por estradas novas, irregulares, desconhecidas, assustadoras, mas que prometem no final chegar a um lugar magnífico, não sei quanto tempo ainda temos nessa estrada e se esse lugar realmente existe.
Mas dessa vez, não terá retorno, e nem GPS, porque viajar sem se perder pode ser muito entendiante!

"Entra pra ver, mas tira os sapatos pra entrar, cuidado que eu mudei de lugar algumas certezas..."